Seja através de latidos, mordiscadas no calcanhar ou movimentos precisos do olhar, os cães de pastoreio utilizam de técnicas específicas para proteger e conduzir rebanhos em todo o mundo, ao longo dos séculos.
Extremamente inteligentes e dóceis com outros animais, os cães de pastoreio são ótimos companheiros na vida urbana e podem contribuir de forma positiva na gestão de uma propriedade rural. Além de servirem como guardiões das fazendas, algumas raças possuem mais jeito para o pastoreio ovelheiro enquanto outras desempenham melhor a função em rebanhos bovinos.
Antes de adquirir um cão de pastoreio, deve-se considerar suas habilidades e comportamento, as especificidades das funções e o tipo de criação animal. Portanto, hoje vamos apresentar algumas das raças mais famosas e falar apresentar suas características. Além disso, terá a oportunidade de conhecer um pouco sobre suas origens e principais benefícios para o seu negócio.
Um pouco da história dos cães de pastoreio
Conhecidos como os guardiões da fazenda, os cães de pastoreio têm a função de proteger os animais da propriedade e unir rebanhos, que podem ser de ovelhas e bovinos. No caso do pastoreio de gados, os bois costumam se agrupar ao redor do cachorro, pois se sentem seguros. Já no pastoreio de ovelhas, ele é quem deve controlar o rebanho para evitar que elas se dispersem.
As raças de pastoreio surgiram do cruzamento seletivo de cães de caça com outros de temperamento dócil. Essa mistura conferiu a esses cães características essenciais para o trabalho, como inteligência, obediência, audição aguçada, instinto protetor e agilidade. De grande ou médio porte, são robustos e dispõem de muita energia.
Contudo, por mais que tais habilidades sejam natas, é preciso um trabalho em conjunto entre tutores e adestradores para desenvolvê-las. Sem mais delongas, para te ajudar a escolher o animal ideal, selecionamos 5 raças de cães de pastoreio que podem tornar os dias na fazenda mais produtivos. Continue lendo e confira:
01. Border Collie
Os primeiros exemplares de border collie surgiram na Inglaterra e Escócia, regiões montanhosas e de difícil acesso a cavalo, o que dificultava as atividades de pastoreio. Já no Brasil, a raça chegou há pouco mais de 15 anos e foi designada ao trabalho com gado e ovelhas.
Inteligente e obediente, a raça consegue tocar o rebanho sozinho (a cerca de 500 metros do dono) enquanto outras raças necessitam de um tutor para realizar suas tarefas. Durante o trabalho, o condutor vai na frente enquanto o border collie fica atrás “empurrando”. Juntos, podem trabalhar com até 300 ovelhas ou com até 110 cabeças de gado.
Com o treinamento adequado, o border collie pode controlar o rebanho apenas com o olhar e movimentos precisos, visto que não tem por hábito latir. Quando necessário, ele consegue ser mais agressivo no controle do gado, e mais técnico ao lidar com as ovelhas.
02. Ovelheiro-Gaúcho
Genuinamente brasileiro, o ovelheiro-gaúcho teve sua origem na região dos pampas no Rio Grande do Sul, onde se dedicavam ao pastoreio de ovinos. Ao longo dos anos, a raça passou a ser usada no monitoramento de rebanhos de ovelha e bovinos, em várias partes do país.
Resistente e ágil, este cão é perfeito para as atividades de pastoreio e guarda de propriedade em ambientes hostis. Sem precisar de treinamento, o ovelheiro-gaúcho tem facilidade para aprender novos comandos e costuma trabalhar solto no campo.
De grande porte e cores variadas, o ovelheiro-gaúcho herdou traços físicos e comportamentais marcantes da personalidade do border collie e do pastor alemão, cães que deram origem à raça. Ele trabalha ao lado do dono ajudando a conduzir o rebanho, latindo e abanando o rabo para se comunicar com o condutor durante o passeio. É necessário de 4 a 5 cães para realizar o trabalho.
03. Boiadeiro Australiano
Natural da Austrália, o boiadeiro australiano é usado desde a sua origem no pastoreio de bovinos. Baixo, robusto e de pelo curto, esta raça foi apelidada de Blue Heeler para exemplares de pelo azulado, e Red Heeler para aqueles com o pelo avermelhado.
Sua técnica se assemelha a do ovelheiro-gaúcho, visto que conduz o rebanho ao lado do condutor. O boiadeiro late para chamar a atenção dos animais e se comunicar com o dono, avisando sua localização. Contudo, ele tem o hábito de mordiscar as patas dos animais para guiá-los no pasto. Trata-se de uma raça forte e resistente, que não necessita de muitos cuidados e dificilmente adoece.
04. Kelpie Australiano
Solitário e de instinto aguçado, o kelpie australiano costuma achar e reunir o rebanho sem supervisão. Sua aparência se assemelha ao Doberman: esguio, de orelhas levantadas e pelagem preta e curta. Em solo brasileiro, há poucos exemplares da raça e criadores especializados. No campo, monitora e conduz o rebanho da mesma forma que o border collie, com inteligência e agilidade.
05. Maremano
O pastor maremano é uma raça oriunda da região central da Itália. Guardiões do gado, desde a sua origem, têm a função de proteger os animais de lobos. Por isso, são criados desde filhotes com os animais, seu pelo branco se mistura com as ovelhas o que confunde os predadores. A raça é muito usada em fazendas extensas, em que o rebanho fica longe da sede.
Sempre alertas a sons e movimentos, eles são ótimos para o pastoreio. Seu latido forte é capaz de afastar até mesmo as onças. Contudo, se a intenção é ter um maremano para o trabalho na fazenda, este deve ser criado com o mínimo de contato com os humanos, já que possui um temperamento dócil e afetuoso. Outra característica interessante desta raça é que ela também guarda a propriedade, graças ao seu hábito de fazer rondas noturnas.
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